Quando se trata de administração empresarial, é necessário avaliar as necessidades de cada instituição para traçar as estratégias que melhoram o quadro financeiro de cada uma. No entanto, uma premissa muito importante e válido para qualquer negócio, é manter as contas de pessoa jurídica separadas das contas de pessoa física.
Isso significa que nunca é saudável manter as contas da empresa misturadas com as contas pessoais.
Isso permite vislumbrar com mais clareza a saúde financeira da sua empresa e da sua vida pessoal.
Mas afinal, como fazer isso, na prática?
Isso pode ser um desafio, principalmente para os empresários que administram sozinhos suas empresas.
Neste compilado preparamos dicas importantes para você organizar suas finanças e conseguir deixar um espaço bem delimitado entre sua vida pessoal e profissional. Confira:
Por que manter as contas separadas?
Unir as contas jurídicas e pessoais é um erro muito comum, principalmente entre os gestores que estão começando e isso pode estar impedindo o crescimento da sua empresa.
Um exemplo muito comum é, diante de uma dificuldade financeira enfrentada pela empresa, o gestor recorrer a créditos pessoais para suprir essas demandas.
No entanto, muitas vezes o crédito concedido à empresa poderia ser muito mais benéfico, apresentando melhores condições, como menores taxas de juros e prazos mais estendidos.
Você pode estar se perguntando: mas afinal, como aplicar isso no meu dia a dia empresarial? Confira algumas dicas importantes:
1. Mantenha contas correntes separadas
O ideal é que, assim que a abertura de uma empresa seja oficializada com o CNPJ, você abra uma conta corrente especificamente para a empresa.
Nessa conta, você deve movimentar todos os recursos referentes à empresa: pagamento de fornecedores, custos operacionais da empresa como contas de energia, sistema, folha de pagamento etc.
2. Trace estratégia de retiradas
Outro erro comum aos iniciantes é retirar todo o lucro da empresa e destiná-lo à conta do proprietário.
Dessa forma, a conta jurídica fica sem recurso em caixa para o mês seguinte ou para novos investimentos.
Na prática, o ideal é o que empresário determine seu pró-labore e não retire mais do que isso mensalmente.
Essa é uma forma de salário que deverá ser pago ao proprietário: estipule um valor que não prejudique as contas da empresa e que atenda às suas necessidades. Então, evite mexer no lucro da empresa para despesas pessoais.
É um consenso que mexer no recurso da empresa de acordo com as necessidades pessoais é um erro que pode prejudicar a saúde financeira.
Por fim, determine a distribuição de lucro da empresa, que pode ser feita de mês em mês, a cada dois meses, semestralmente ou como você preferir.
3. Utilize recursos financeiros de forma estratégica
Muitas vezes, diante de boas taxas de juros e limites disponibilizados pelos bancos, ficamos tentados a fazer empréstimos e financiamentos.
No entanto, nem sempre essa é uma boa opção, principalmente se a empresa está caminhando com suas próprias pernas e não necessita desse empurrão financeiro.
Se essa for uma opção que pode impulsionar a empresa, então, não deixe de fazer uma análise prévia e conheça bem os termos de contrato, taxa de juros praticada e o custo efetivo total.
Adotando os recursos e produtos bancários corretos e na hora adequada, a vida financeira da sua empresa com certeza poderá ser alavancada.
Ainda assim, sejam quais forem as decisões tomadas, é importante sempre ter um olhar analítico para a situação e buscar manter o distanciamento dos custos de sua vida física e jurídica. Com isso, você só tem a crescer.